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22 de dez. de 2011

Este lugar em pernambuco conheço ,pois sou de lá ,neto de negro com índio e brancos.

Hoje é  vila de catucá

Malunguinho! Caboclo Índio Real

Como e de hábito meu para conta a História de um Encantado da Jurema Sagrada, temos que ter provas.
Para Isso vamos aos Historiadores e Antropólogos, (Os Professores do Departamento de História da Universidade Federal de Pernambuco.) e aos encantados que nos passa.
Vamos Aos profissionais citados, nos faz lembrar a vergonha dos nossos passados negro.
Vale a Pena reafirmar que a Jurema Sagrada Nasceu em 1532 com a escravidão dos índios que os Pajés consagraram nas aldeias muitos europeus no nordeste, pelo contrario para La foi trabalhadores em busca de sonhos, pois foi colonização dos Holandeses, Espanhóis e portugueses.
Nasceu em 1908 a UMBANDA – Manifestação do Espírito para a Caridade, ai já outro fato.
Vamos onde tudo começou a Historia do maior Guerreiro que passou pelo território nacional, Reis Malunguinho, caboclo índio real, Mestre sem igual e Guardião do Portal do mundo dos Encantados da Jurema Sagrada.
Juremeiro Neto. 
Origem, África – Negros Bantos Em 1533
Este povo habitava o noroeste do continente, onde atualmente são os países Nigéria, Mali, Mauritânia, Guine e Camarões.
Ao contrário dos berberes, os bantos eram agricultores.
Viviam também da caça e da pesca.
Conhecia a metalurgia, fato que deu grande vantagem a este povo na conquista de povos vizinhos.
Chegaram a formar um grande reino ( reino do Congo ) que dominava grande parte do noroeste do continente.
Viviam em aldeias que era comandada por um chefe. O rei banto, também conhecido como manicongo, cobrava impostos em forma de mercadorias e alimentos de todas as tribos que formavam seu reino.
O manicongo gastava parte do que arrecadava com os impostos para manter um exército particular, que garantia sua proteção, e funcionários reais. Os habitantes do reino acreditavam que o maniconco possuía poderes sagrados e que influenciava nas colheitas, guerras e saúde do povo.
Da África os negros trouxeram seus costumes, religiões, trajes, técnicas e idiomas.
Quer dizer, os africanos possuíam uma cultura que, através dos escravos, se transmitiu ao Brasil.
Por este motivo é que encontramos tantas influências africanas em diversas regiões brasileiras e mesmo algumas contribuições que se estenderam a todo o país.
Tal é o caso do samba, dança de origem congo-angolana e que se transformou em um ritmo nacional.
Como os escravos provinham de regiões diversas, também diferentes eram as suas culturas.
Os povos de cultura mais adiantados, eram principalmente os dos grupo iorubá.
É o caso dos povos que vieram da Nigéria, do Daomé e de Gana.
Estes falavam nagô, língua que deixou numerosas palavras no português que falamos no Brasil.
Outra influência muito importante e bastante espalhada no Brasil é a que se exerceu sobre os cultos religiosos, os quais aqui, notadamente nas camadas mais humildes da população, resultam da mistura de crenças africanas e cristãs.
Entre os grupos sudaneses havia alguns que se converteram à religião maometana. São os de cultura negro-maometana e, por isso, muito influenciados pelos árabes. É o caso do traje conhecido como baiana, onde o turbante, os balangandãs, o pano-da-costa indicam contribuições árabes.
Outro grupo muito importante foi o banto. Era formado pelos negros vindos de Angola, Moçambique e do Congo.
Além de outras contribuições, eles trouxeram o samba, o batuque, instrumentos musicais, o esporte da capoeira e numerosas palavras.
Foi por influência africana que vários termos e expressões vieram enriquecer a nossa língua. Tal é o caso de caçula, indicando o filho mais moço; careca, mais usado do que o português calvo, ou, cochilar, que praticamente substituiu dormitar.
Enciclopédia Delta de História do Brasil, de Colônia a Nação, vol.6. Pág. 1502-1503.

 Negros Bantos
BANTO:
Conjunto de populações da África sul equatorial (com exceção dos bosquímanos e dos hotentotes), de línguas da mesma família, mas com traços culturais específicos (na África do Sul todos os povos negros são chamados bantos, em oposição aos brancos, coloreds e asiáticos).
Numerosos foi o contingente de escravos bantos trazidos para o Brasil.
A influência por eles exercida sobre costumes, religião e superstições nacionais foi profunda e marcante.
Trouxeram muitas lendas, mitos e tradições; sua contribuição folclórica e etnográfica frutificou e reforçou os elementos já existentes no Brasil, através de sua participação entusiástica e predileção viva pelo canto e dança coletivo.
Os indígenas também possuíam esse encanto pelas danças de roda, instrumentos de sopro e cantos, mas o negro valorizou essas constantes no seio da sociedade em formação.
Não é, pois, privativo e originário do africano tudo quanto recebemos por seu intermédio, mas indubitavelmente foi ele precursor mais poderoso e decisivo, depois do português.
Os nomes bantos compreendiam todos os negros africanos que outrora abasteciam o mercado de escravos do Brasil.
Sua popularidade afirmou-se no século XVII, nas agremiações e irmandades de Nossa Senhora do Rosário, quando os negros passaram a tomar parte ativa nos autos populares.
São bantos os préstitos do maracatu do carnaval pernambucano e as congadas vistas em todo o território brasileiro.
A cuíca e o berimbau de barriga foram por eles trazidos da África; a capoeira, tanto quanto o complexo etnográfico do samba, também devem a eles sua difusão no Brasil.
O ciclo do quibungo, circunscrito à zona litorânea da Bahia, é exemplo de sua contribuição à tradição oral brasileira.
Grande Enciclopédia Larousse Cultural, vol. 3. pág. 631-632

  Escravos MARAMBAIA
História da Escravidão
A história da escravidão no mundo é tão antiga quanto a da própria humanidade.
Porém a forma mais comum de escravidão registrada historicamente tem origem a partir da relação de forças entre conquistadores e conquistados, com os primeiros impondo a condição servil aos segundos.
Povos inteiros eram submetidos à servidão por terem sucumbido ao poder de um determinado conquistador.
No Brasil – como nos demais países do continente – havia os indígenas, formada por populações autóctones que, de início, foram utilizadas para o trabalho, tanto escravo quanto remunerado, por meio de transações de escambo.
Porém, após o fortalecimento do lucrativo tráfico negreiro – que garantia grande acumulação de recursos à Metrópole -, a mão-de-obra indígena foi abandonada.
Essas populações originárias de nosso continente passaram a ser simplesmente perseguidas e praticamente foram dizimadas.
A chegada de escravos da África teve início já nas primeiras décadas de colonização do Brasil.
Um dos registros mais antigos do tráfico de escravos para nosso país data de 1533, no qual Pero de Góis pedia ao rei “17 peças de escravos”.
***NOTA: COMO EU VENHO SEMPRE RELATANDO O ÍNICIO DA JUREMA SAGRADA CATIMBO, FOI NA ESCRAVIDÃO DO ÍNIDIO, EM 1532 E COM A CHEGADA DOS BANTUS EM 1533 EIS UNS NOS MOTIVOS QUE O REIS MALUGUINHO E O GUARDIÃO DOS PORTÕES DA JUREMA SAGRADA – EM 1539 CHEGA EM PERNAMBUCO OS BANTOS DA GUINÉ, REIS MALUGUINHO,
JUREMEIRO NETO
 Poucos anos depois, em 1539, o donatário de Pernambuco na recente colônia, Duarte Coelho, solicitou ao rei de Portugal D. João III que fosse concedida permissão para “haver alguns escravos de Guiné (como eram chamados os africanos)”.
Porém o ciclo de exploração do pau-brasil – o primeiro comercialmente relevante da história do país – foi substancialmente viabilizado por mão-de-obra indígena.

ENGENHO
Ciclo da cana
Foi com o ciclo econômico da cana-de-açúcar que a mão-de-obra negra se consolidou no Brasil, principalmente em Pernambuco e na Bahia.
A partir de 1549, intensificou-se o tráfico negreiro para estas regiões, principalmente em razão dessa florescente cultura agrícola.
Em 1559, o tráfico foi legalizado por iniciativa de um decreto do rei D. Sebastião, pelo qual ficava autorizada a captura de negros na África para o trabalho em território brasileiro.
O escravos negros, raptados de sua terra natal (principalmente da África Setentrional, onde hoje estão, por exemplo, Angola, Moçambique e a República Democrática do Congo) e levados a um lugar estranho, eram controlados com mão-de-ferro pelos senhores de engenho, que delegavam aos feitores e outros agregados a fiscalização dos cativos.
Os castigos físicos, como o açoitamento, estavam entre os métodos de intimidação que garantiam o trabalho, a obediência e a manutenção dos servos e se prolongaram pelos mais de 300 anos de escravidão no Brasil.
Uma grande estrutura de controle dos escravos também foi criada, tanto no nível da administração colonial quanto dos próprios senhores de escravos, com seus capitães-do-mato – profissionais especializados na recaptura de escravos fugitivos – e outros agregados, além da própria rede de informações informal que servia para controlar os fugitivos.
Como a condição de escravo era simplesmente determinada pelas características raciais dos subjugados no Brasil, era praticamente impossível a fuga e a reinserção social de eventuais fugitivos.
O estigma da cor da pele foi determinante para o prolongamento da escravidão por mais de três séculos no país.
Quilombos
Poucos foram os exemplos de comunidades formadas por escravos fugitivos que tiveram sucesso.
No período de escravidão no Brasil (séculos XVII e XVIII), os negros que conseguiam fugir se refugiavam com outros em igual situação em locais bem escondidos e fortificados no meio das matas.
Estes locais eram conhecidos como quilombos.
Nestas comunidades, eles viviam de acordo com sua cultura africana, plantando e produzindo em comunidade.
Na época colonial, o Brasil chegou a ter centenas destas comunidades espalhadas, principalmente, pelos atuais estados da Bahia, Pernambuco, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais e Alagoas.
Entre eles, o mais lembrado é o Quilombo dos Palmares, na Serra da Barriga, entre Alagoas e Pernambuco, que teria durado quase 100 anos, de 1602 a 1694, e reunido até 20.000 habitantes em diversas comunidades.
Na ocasião em que Pernambuco foi invadida pelos Holandeses (1630), muitos dos senhores de engenho acabaram por abandonar suas terras. Este fato beneficiou a fuga de um grande número de escravos. Estes, após fugirem, buscaram abrigo no Quilombo dos Palmares, localizado em Alagoas.
Esse fato propiciou o crescimento do Quilombo dos Palmares.
No ano de 1670, este já abrigava em torno de 50 mil escravos.
Estes, também conhecidos como quilombolas, costumavam pegar alimentos às escondidas das plantações e dos engenhos existentes em regiões próximas; situação que incomodava os habitantes.
Esta situação fez com que os quilombolas fossem combatidos tanto pelos holandeses (primeiros a combatê-los) quanto pelo governo de Pernambuco, sendo que este último contou com os ser¬viços do bandeirante Domingos Jorge Velho.
A luta contra os negros de Palmares durou por volta de cinco anos; contudo, apesar de todo o empenho e determinação dos negros chefiados por Zumbi, eles, por fim, foram derrotados.
Os quilombos representaram uma das formas de resistência e combate à escravidão.
Rejeitando a cruel forma de vida, os negros buscavam a liberdade e uma vida com dignidade, resgatando a cultura e a forma de viver que deixaram na África e contribuindo para a formação da cultura afro-brasileira.
COMUNIDADES QUILOMBOLAS DO ESTADO DE PERNAMBUCO
OS MALUNGUINHOS DO QUILOMBO DE CATUCÁ
Catucá era o nome Genérico dado às Áreas de Floresta que margeavam as regiões de produção de açúcar e algodão da Zona da Mata de Pernambuco.
Ela começava nos matagais e morros localizados na saída de Recife e Olinda para o interior, e seguia no sentido norte até Goiana, já na divisa com a Paraíba.
Neste caminho estavam localizados mais de 100 engenhos, inclusive os maiores e mais antigos da Província.
Os locais de esconderijo dos escravos fugidos estavam justamente nessa área.
Na época do surgimento do Quilombo de Catucá, no começo do século XIX, a Província de Pernambuco abrigava uma população de meio milhão de pessoas e seu território estava tomado de fazendas e engenhos (Carvalho, 1996:407-8).
A elite local destacava-se no cenário político ao reivindicar, para a colônia portuguesa nas Américas, um projeto político federalista, distinto daquele encampado pela Corte carioca no processo de independência em relação a Portugal (Mello, 2004).
Os conflitos políticos como a Revolta de 1817, a expulsão do governador português Luís do Rego em 1821 e a Confederação do Equador em 1824 criaram condições propícias para que os escravos da região se organizassem no Catucá (Carvalho, 1996:410).
Naquele período, houve diversos registros de fuga de cativos, roubos de fazendas e assassinatos.
As expedições de captura dos fugitivos não foram suficientes para desmantelar o quilombo ou mesmo para impedir outras fugas de escravos.
A Resistência no Quilombo
Com o fim da Confederação do Equador – a reação autonomista da elite pernambucana à política centralizadora do governo imperial – os quilombolas foram duramente repreendidos.
A mesma tropa enviada por D. Pedro I para debelar a classe senhorial pernambucana foi utilizada para tentar destruir Catucá.
Mas o Quilombo continuou vivo.
A sobrevivência de Catucá a este e a vários outros ataques ocorreu em função da articulação de seus moradores a uma rede de pessoas de fora da floresta, que informava aos mocambeiros a respeito das manobras das tropas senhoriais.
Os senhores de engenho que tentavam repreender os mocambeiros reclamavam frequentemente que a população local – que incluía os escravos das fazendas e a população livre – sempre alertava os quilombolas a respeito do movimento da tropa que tinha como missão reprimi-los.
As atividades econômicas da população aquilombada dependiam também de sua articulação com pessoas de fora.
Juntamente com a caça e a agricultura de subsistência, os habitantes de Catucá empreendiam roubos aos engenhos e assaltos nas estradas, além do comércio e do contrabando de bens.
Desta forma, Os Quilombolas espalhavam o medo entre os membros da elite pernambucana, que se sentiam constantemente ameaçados.
A existência de Catucá também preocupava as autoridades porque a sua localização possibilitava que os quilombolas aterrorizassem os moradores da própria capital da Província.
Em 1827, afirmava-se que os mocambeiros estariam se preparando para atacar Recife, inspirados na rebelião ocorrida em Salvador um ano antes.
Em função disso, as autoridades prepararam outra expedição com o intuito de exterminar Catucá.
Foram capturados dezenas de quilombolas, mas o próprio comandante da operação reconheceu que a maioria deles fugiu pelas matas, deixando para trás as casas e as lavouras, que foram queimadas pelas tropas de repressão.
O Líder Malunguinho
No ataque de 1827, Malunguinho destacou-se como o comandante do grupo que se preparava para tomar a capital.
Sua evidência era tal que Catucá também ficou conhecido, à época, como Quilombo de Malunguinho.
As autoridades temiam tanto tal liderança que o governo local chegou a oferecer um prêmio de 100 mil réis pela sua cabeça.
Foi a maior quantia ofertada até então pela captura de alguém em Pernambuco.
Apesar de sua fama, não se sabe exatamente quem foi ou se realmente existiu um Quilombola chamado Malunguinho. (sabemos que esse e o Reis Malunguinho. J.Neto)
Nas inúmeras tentativas de acabar com Catucá, não foi registrada a fuga, captura ou morte de qualquer negro com este nome.
Malungo, termo banto que significa companheiro,era a forma utilizada pelos escravos africanos para designar aqueles que vinham em um mesmo navio negreiro para o Brasil.
Além disso, os próprios Quilombolas da Província de Pernambuco eram conhecidos, naquela época, por Malunguinhos.
O uso do termo Malungo e de sua versão aportuguesada, Malunguinho, demonstra como cativos e Quilombolas criaram identidades de modo a tornar possível lutar pela sobrevivência e pela liberdade na América.

 Floresta do Catuca
O Cerco a Catucá
A partir de 1827, intensificaram-se as diligências às matas do Catucá.
A constante coação tornava cada vez mais difícil para os Quilombolas a manutenção de uma vida sedentária, caracterizada pela construção de casas e pelo cultivo variado de alimentos.
Entretanto, os moradores do Mocambo continuavam a resistir.
Eles conheciam melhor a floresta e podiam se esconder na mata fechada, nas grotas, nos mangues próximos à costa e nas ilhotas dos rios.
Ademais, Os Malunguinhos, com a ajuda de seus aliados, saíam das matas temporariamente e iam esconder-se no Recife, misturando-se com os escravos urbanos até que as tropas deixassem as matas.
Em 1829, após sucessivas derrotas, uma tropa de 500 homens cercou a floresta com piquetes e utilizou embarcações para vasculhar locais de esconderijo dos mocambeiros, como os mangues e rios.
Catucá sofreu muitas perdas e ficou vulnerável, reduzido a um pequeno número de pessoas.
A eclosão da revolta de Pinto Madeira no sertão do Cariri, no final daquele ano, mudou o rumo dessa história.
A tropa que circundava Catucá foi deslocada para o interior da Província, com o intuito de abafar o conflito da elite pernambucana.
Desta maneira, a repressão aos Quilombolas foi atenuada.
Tal situação permitiu que houvesse aumento de fugas de cativos para Catucá e maior liberdade para as ações dos malunguinhos, que voltaram a atacar os grupos que viviam na região e se deslocavam nas estradas ao redor da mata.
A impossibilidade de manter um batalhão como o que vinha impondo sérios reveses aos quilombolas, aliada à percepção de que seria difícil destruir Catucá apenas com o uso da força, fizeram com que o governo pernambucano mudasse de estratégia.
Assim, para aniquilar os Malunguinhos, tentou-se investir na abertura de mais estradas que atravessassem a floresta e, ainda, na criação de povoados ao redor das matas.
A partir deste raciocínio foi criada a colônia Amélia, entre o final de 1829 e meados de 1831.
A Colônia Amélia começou com um grupo de uma centena de imigrantes de origem germânica que tinha como objetivo fixar residência no sul do Brasil.
Entretanto, a embarcação em que viajavam precisou atracar forçadamente na costa pernambucana e, por isso, tais colonos acabaram por se instalar no Recife.
O governo local, então, lhes ofereceu terras no Catucá.
Posteriormente, chegaram outros alemães e, no final de 1831, em torno de 750 pessoas encontravam-se alojadas na colônia.
As autoridades apostavam que, fixando colonos alemães ao redor do quilombo, os malunguinhos não mais conseguiriam viver naquela área.
Os habitantes de colônia Amélia passaram a viver da comercialização de carvão vegetal, o que implicou no desaparecimento de boa parte da floresta, dificultando a formação de Quilombos no Catucá.
Os imigrantes Germânicos foram fundamentais para a repressão aos quilombolas. A presença alemã no Catucá explica a menor presença de Quilombolas no início dos anos 1830 em relação à década anterior.
A vida dos colonos em Pernambuco, contudo, foi muito difícil, dentre outros motivos, devido aos ataques promovidos pelos mocambeiros.
A colônia acabou não sendo bem-sucedida e, poucos anos depois de sua implantação, os alemães deixaram Pernambuco.
A Guerra dos Cabanos
A eclosão da Guerra dos Cabanos ou Cabanada em 1832 – a revolta popular que eclodiu no sul da Província que buscava promover a volta de Pedro I para o Brasil – obrigou o estado a concentrar seus recursos em combates no sul da Província.
O quilombo mais uma vez renascia e os malunguinhos voltavam a provocar estragos à classe dominante pernambucana: atacavam fazendas, viajantes e mesmo as imediações dos centros urbanos, incluindo Recife.
Mas o fim da Guerra dos Cabanos, em 1835, selou a queda de Catucá.
Naquele momento, o governo dispunha de um grande contingente de soldados, todos eles treinados em batalhas nas matas ao sul da Província.
As autoridades contavam ainda com o apoio de outros colaboradores na repressão aos cabanos: os Índios de Barreiros, que também estavam acostumados a lutar na floresta.
Uma grande operação de extermínio dos Malunguinhos foi organizada, e seu sucesso deveu-se em grande parte pela presença dos índios, exímios batedores.
A floresta de Catucá, nas décadas seguintes, continuaria a receber pequenas levas de escravos fugidos.
Estes Quilombolas, porém, não chegariam a aterrorizar a classe senhorial pernambucana, como fizeram os Malunguinhos.
Mas Malunguinho não seria um nome esquecido pela população pernambucana Essa é a denominação de entidade de grande relevância no catimbó, uma religião brasileira formada a partir de elementos indígenas, africanos e europeus.
A unidade entre a divindade e o Guerreiro do Catucá é explicitada em um ponto, cantado para chamar e honrar Malunguinho.
Sua letra menciona explicitamente um antigo artefato militar utilizado pelos quilombolas nas matas.
Trata-se dos Estrepes, Paus Pontudos que eram fincados no chão para impedir ataques de cavalaria.
Malunguinho, a entidade espiritual, tem o poder justamente de tirar os Estrepes do caminho daqueles que o cultuam.
Outros grandes legados do povo negro ao Brasil foram a sua cultura e a própria constituição da população tipicamente brasileira a partir da miscigenação.
No primeiro caso, são notórias as influências da música, arte, religião, folclore e culinária dos africanos e seus descendentes na origem de nossa cultura.
Um dos exemplos é o prato mais brasileiro de todos: a feijoada.
Ao aproveitar as partes menos nobres do porco, que eram dispensadas pelos senhores aos escravos, os negros foram responsáveis pela criação de uma das iguarias mais saborosas de nossa culinária.
Somente na segunda metade do século XIX, com os movimentos abolicionistas ganhado corpo no país, é que a mão-de-obra escrava passou a ser substituída pelo trabalho livre, principalmente dos imigrantes europeus, que começaram a chegar ao Brasil nas últimas décadas daquele século e se dedicaram, principalmente, à lavoura do café, o quarto grande ciclo econômico da história brasileira.
Os ideais abolicionistas ganharam força a partir da independência do Brasil de Portugal, em 1822.
Porém, como toda a base econômica do país era dependente da mão-de-obra escrava, os interesses da aristocracia vigente eram mantidos, apesar das pressões em contrário.
Assim, o Brasil acabou sendo o último país das Américas a abolir a escravidão, somente em 1888, ou 84 anos depois da proclamação do Haiti como primeiro Estado negro do continente, em 1804.
A história da escravidão oficial no Brasil termina em 13 de maio de 1888, com a promulgação da Lei Áurea, assinada pela Princesa Isabel, filha do Imperador D. Pedro II.
O texto da lei trazia apenas dois artigos:
“Artigo 1º – É declarada extinta a escravidão no Brasil;
Artigo 2º – Revogam-se as disposições em contrário”. Na ocasião, existiam pouco mais de 700 mil escravos no país
No entanto, o destino imediato dos negros libertos não foi o mais confortável.
Deixaram a condição de servos mas não obtiveram qualquer concessão oficial de assistência, sendo sujeitos à miséria completa.
Largado à própria sorte, esse grande contingente de pessoas se viu sem perspectivas de trabalho (afinal, a mais bem qualificada mão-de-obra dos imigrantes europeus já estava presente), de educação e de inclusão social.
Conclusão Final
Leia a Próxima Pagina que: O Quilombo do Catucá
Marcus Joaquim M. de Carvalho*,Os Professor do Departamento de História da Universidade Federal de Pernambuco. Caderno CRH, n. 15, p. 5-28, jul./dez., 1991
O mais famoso líder quilombola ficou conhecido como Malunguinho, famoso a tal ponto que o espaço da resistência negra também costuma ser referido pelas fontes como quilombo de
Malunguinho.
No começo de 1827, o governo provincial oferecia o prêmio de 100 mil réis pela sua cabeça.
Todos tinham nomes próprios, e entre eles não se mencionou nenhum com o apelido de Malunguinho.
Os documentos de uma expedição punitiva em 1829, mencionam explicitamente o nome de 5 supostos líderes do Catucá.
O último Malunguinho foi João Batista, morto em combate em 1835
Dentre os Líderes Quilombolas nas matas do Catucá, em 1829, chamava atenção especial das autoridades às atividades de João Pataca, o homem que puniu os assaltantes do engenho Macaco.
Segundo as autoridades, havia uma outra “quadrilha” de quilombolas por lá, comandada por João Bamba, a qual era “ladrona e atacante”. No entanto João Bamba sempre agia em acordo com Pataca, cuja “quadrilha” era “mais mansa”. Pataca e seus homens apareciam nos vilarejos da área onde faziam compras e vendiam peixes.
O líder andava com “negras e guarda de honra”, fazia batuques nas matas, em alguns engenhos da área, e até mesmo dentro de casas no vilarejo de Tejucupapo
As fontes não se importam com os aspectos culturais do quilombo. Mas talvez Pataca tenha sido um Babalorixá na área, e como tal um importante contato entre os guerrilheiros das matas e a população de origem africana livre ou escrava.
Muitos rebeldes foram mortos, inclusive o líder Guerreiro João Bamba e um outro importante chefe, José Brabo. Mas Manoel Galo, outro, dos principais lideres, teria escapado


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